A noite no alojamento de Laguna Colorada foi bem tranquila. Estávamos tão cansados que dormimos por volta das 21h. O frio é muito forte ao lado de fora do abrigo, mas lá dentro é bem tranquilo. Acordamos por volta das 5h da manhã para observarmos os gêiseres de atividade vulcânica na região. Só é possível observar a fumaça que emana do solo, antes do nascer do sol. Partimos para o sol de la mañana, local de observação. Logo após, vimos o sol nascer junto às montanhas. Um verdadeiro espetáculo. Por volta das 8h chegamos ao Lincancabur, o vulcão que faz divisa entre a Bolívia e o Chile. Antes de iniciar a viagem de volta, ainda passamos pelas águas termais. Mas ao invés de tomar banho, preferi subir um morro que tinha por perto.
Depois voltamos para o Uyuni em uma das viagens mais desconfortáveis que já fiz em minha vida. Nos passeios pelo Uyuni, as agências utilizam jeeps da toyota, mas no lugar do porta malas eles colocam assentos para otimizar os lucros já que as bagagens vão em cima do carro. O resultado é um assento extremamente desconfortável, feito para pessoas que tenham no máximo 1m de altura. A viagem de volta também fui uma roubada. O outro carro da agência quebrou, o nosso furou o pneu e ficou ilhado em uma poça de água gigantesca. O almoço também foi o pior de todos os dias. Arroz frio do dia anterior, atum enlatado e ketchup. A viagem foi bem cansativa. Em 3 dias pelo deserto rodamos quase 1.000km de distancia.
Quando finalmente chegamos em Uyuni, por volta das 18h, demos sorte e conseguimos comprar as duas últimas passagens para La Paz no ônibus da Trans Omar que saía as 20h. Corrermos para o albergue Piedra Blanca que ficamos hospedados no primeiro dia e pagamos 15 bolivianos para tomar banho. Corremos para comer uma pizza gigante que pagamos 100 bolivianos com bebidas inclusas. Na Bolívia as coisas são muito baratas. Um real compra em média 3.1 bolivianos, o que torna a cotação muito favorável a nós Brazucas! A viagem de ônibus para La Paz foi uma das coisas mais sem noção que já fiz em toda minha vida. A sensação de que você vai morrer é constate. Pense em um ônibus velho, sem banheiros andando por estradas de chão em péssimo estado. Sim, a maior parte das estradas na Bolívia não são asfaltadas. Eu que já estava craque em rezar passei as primeiras cinco horas de viagem fazendo isso. Não é brincadeira, o ônibus passou por alguns buracos em que eu decolei do meu acento. Isso ocorreu algumas vezes! Como não existia cinto de segurança, tentei prender o meu pé na cadeira da frente. O ônibus chacoalha tanto que eu jurava que ele iria desmontar. Não falarei mais para não tirar o incentivo de futuros viajantes ehehehe. Por fim, recomendo esta viagem a todos. Todos que não tenham o coração fraco!
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