sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Roteiro

Dia 1 - Sábado
Iniciaremos nossa jornada com um voo saindo de Brasília com destino a Santa Cruz de La Sierra. Deveremos sair em um sábado às 15:40 com chegada prevista às 01:40 do dia seguinte. Teremos a opção de procurar um albergue, mas provavelmente dormiremos no aeroporto devido ao horário do voo que teremos que pegar no dia seguinte O voo de ida e volta a Santa Cruz, em pesquisa realizada nos últimos 5 dias, ficou em U$$ 315,00 sem as taxas.


Dia 2 - Domingo
Sairemos às 07:00 de Santa Cruz em um voo da Aerosur com destino a Cochiabamba. Caso o avião não caia, a chegada prevista no destino é para ocorrer às 07:45. O custo da passagem é de U$$ 65,00. Ao chegarmos, deveremos procurar imediatamente as empresas de ônibus que fazem a linha com Oruro, cidade de onde parte o trem para Uyuni. Em pesquisas que andei fazendo pelos sites de mochileiros, deve haver um ônibus com destino a Oruro (sim! tenho fé que ele estará lá) com saída às 13:00. Apesar de ser um trecho com apenas 200 km, o ônibus leva de 4 a 6 horas para fazer o percurso (com certeza é um ônibus igual ao que tinha no filme da Tieta, com galinhas voando pela janela). O valor da passagem é de U$$ 3,00 (dá para imaginar o luxo né!?). Nesse dia, deveremos rezar (e muito) para que o ônibus não demore. Porque o trem com destino a Uyuni sai de Oruro às 19:00. Caso a gente perca o trem, teremos que aguardar nesta linda cidade, com muitas opções de entretenimento, até terça-feira, quando sai o próximo. A passagem de trem custará impagáveis U$$ 16,00.



Dia 3 - Segunda
Supondo que tudo deu certo até aqui, deveremos chegar em Uyuni na Segunda, por volta das 02:20. Dormiremos no BackPackers Hostel ao custo de U$$ 8,50 por pessoa. Após muitas horas de sono acordaremos por volta das 07:00 para procurarmos as agências de turismo que realizam o passeio pelo deserto. Aqui começa a verdadeira jornada. Os passeios são feitos em veículos 4 x 4, duram 3 dias e 2 noites* e percorrem uma distância de aproximadamente 1.000 Km (em total segurança desde que o carro não quebre no meio do deserto). O passeio percorre a Reserva Nacional Eduardo Avaroa, lagoas e inúmeros pontos de interesse. É impossível dizer exatamente como será o roteiro dia-a-dia, mas tentarei descrever o que deve ocorrer aproximadamente. Ainda na segunda, a primeira parada antes de ganhar a estrada que leva ao Salar é no inusitado Cemitério de Trens a poucos quilômetros do povoado. Dizem que entre as sucatas de trens está aquele que foi assaltado por Butch Cassidy e Sundance Kid, foras da lei fugidos dos EUA. Seguiremos para povoado de Pueblo de Colchani, onde poderemos comprar agasalhos para encarar o frio do deserto que pode atingir temperaturas negativas durante a noite, mesmo no verão.
No cardápio para o almoço teremos carne de Ilhama, atum em lata e com muita sorte um frango racionado. Neste primeiro dia de passeio deveremos passar pelo Hotel do Sal, hoje desativado e transformado em museu (sinta-se a vontade se quiser temperar a sua comida com as paredes do hotel, feitas de blocos de sal). Após o almoço deveremos chegar a Isla del Pescado. Particularmente, pelo que andei lendo, acredito que este deve ser um dos pontos mais interessantes do roteiro. A ilha está localizada no coração do salar, a 80 km a oeste de Colchane e 102 km de Uyuni. Do topo da Ilha, pode-se observar a imensidão do salar. A vista da imensidão branca se estende rumo ao infinito. A ilha está encrustada de cactos que chegam a 12m de altura. Pelos relatos que li, o lugar é realmente fascinante. O primeiro dia termina no povoado de San Juan del Rosário, onde passaremos a noite em algum albergue ou na casa de algum nativo. Contem com a possibilidade de não haver água aquecida para banho (fiquem feliz caso tenha água para tomar banho).





* Na revista Viaje Mais, de novembro deste ano, está escrito que o roteiro saindo e voltando para o povoado de Uyuni tem a duração de 3 dias e 2 noites. entretanto, li em alguns forums que o passeio que sai e volta para o povoado de Uyuni tem a duração de 4 dias. A própria revista comenta sobre a existência de um roteiro de 4 dias mas não explica a diferença entre eles. Portanto, existe a possibilidade do roteiro descrito como tendo a duração de 3 dias, na verdade ser realizado em 4.

Dia 4 - Terça
Para variar um pouco, sairemos com o sol raindo.
Visitaremos o cemitério da civilização aymará. Seguiremos em direção as montanhas pelo chamado caminho do Condor. O cenário é emoldurado pelas montanhas nevadas e pelo cordão vulcânico. Repetiremos nosso delicioso almoço do dia anterior (sim! é melhor já ir treinando os dentes com bife duro aqui no Brasil). Possivelmente iremos almoçar com a magnífica vista do lago Cañapa. Seguiremos para o sul e passaremos por outras lagoas as quais tem diferentes tonalidades da cor da água e estão repletas de flamingos. Entre elas, estão a Chiar Khota, Hedionda e a Ramadita. O dia é curto para tudo o que tem de ser visto, assim, o passeio continua rumo às montanhas, no chamado caminho dos Incas, uma área pedregosa na qual os 4 x 4 gingam de um lado a outro para contornar as rochas maiores.
Esse trecho leva ao chamativo Cerro Siete Colores, que mais parece uma pintura elaborada em sete tons da aquarela. A presença do enchofre e de outros minerais produzem nas montanhas um efeito degradê, que vai do terracota ao mostarda. Logo em seguida, iremos para o deserto de Pedra, onde passaremos pela árvore de pedra a qual é famosa neste roteiro. Como última visita do dia, deveremos conhecer a Laguna Colorada que fica dentro da reserva Eduardo Alvaroa. Ao final do dia, devermos dormir Huaillajara. Água quente não existe nesse lugar, portanto já podem ir tomando banho gelado por aqui para se adaptar ao frio :)





Dia 5 - Quarta
Adivinha que horas que vamos começar este dia? Antes do sol nascer, estaremos a caminho do campo geotermal Sol de Mañana. O local é caracterizado por uma intensa atividade vulcânica, com lagos borbulhantes de lama e fontes sulfurosas de gêiseres com jatos de vapor de 60ºC a 90ºC (pode esquecer que você não vai nadar por aqui). O motivo de se acordar tão cedo, é porque as fumarolas de vapor só podem ser vistas no crepúsculo da manhã. Logo em seguida tomaremos café da manhã (deve servir peito de Ilhama defumado). Para quem não quiser tomar banho em Huaillajara, aqui vem uma ótima notícia. Visitaremos a Laguna Salada e poderemos nos banhar em uma água com temperatura próxima aos 30ºC. Seguiremos para o extremo sul da reserva onde visitaremos o vulcão Licancabur, com 5.976 metros de altitude, cujo pico abriga ruínas de uma antiga cripta inca (alguém anima de dar uma escaladinha para ir até lá ver?). O vulcão tem uma curiosa particularidade. Uma face é Boliviana e a outra é Chilena. Aos seus pés está a belíssima Laguna Verde, cuja água tem uma tonalidade esmeralda que contrasta fortemente com o cenário pastel. Neste ponto inicia-se a viagem de retorno ao povoado de Uyuni, passando por um caminho diferente do utilizado na ida, com outras atrações não vistas. Aparentemente, o roteiro chega ao fim no final da tarde do terceiro dia, tendo como retorno o próprio vilarejo de Uyuni. Caso esta informação esteja correta, pegaremos o trem saindo no dia seguinte. Por fim, o valor do pacote varia bastante. Se comprar pela Internet, chega a U$$ 250,00. Comprando na hora fica entre U$$ 100,00 e 150,o0.

Dia 6 - Quinta
Pensou que iria dormir né? Infelizmente tudo naquela região parece funcionar muito cedo. O trem que nos levará de volta a Oruro, parte às 00:05. Você nunca vai ter dormido tão bem em um assento de trem duro e rasgado. Viajaremos para Oruro com previsão de chegada (caso não tentem assaltar os ricos passageiros deste trem) às 07:00. Deveremos pegar um ônibus com destino a La Paz. Não pesquisei horários, mas como pretendo manter o dia livre, isso não importa muito. Deveremos chegar em La Paz neste mesmo dia.

Dia 7 - Sexta
Acho que seria prudente incluir o primeiro dia de redundância em nosso roteiro. Poderíamos deixar este dia livre para conhecer La Paz ou descansarmos. Deveremos partir para Copacabana no final da tarde.

Dia 8 - Sábado
Partiremos para a Isla del Sol logo no inicio da manhã. Pegaremos um barco partindo de Copacabana com destino a ilha em uma viagem que deve durar aproximadamente 01h30m. Desceremos no lado norte da Ilha e iniciaremos uma de trilha de 10km para irmos para o lado sul. De la teremos a opção de retornar a Copacabana ou permanecer na ilha e dormir por lá. A vantagem de se dormir por lá é porque poderemos apreciar o pôr-do-sol, um céu muito estrelado e para quem tiver pique, o nascer do sol no dia seguinte, no lago titicaca que parece um mar segundo os relatos que li. A única desvantagem, acredito eu, ficará por conta da alimentação. Possivelmente em Copacabana tenhamos uma infraestrutura melhor. Mas isso é algo deveremos decidir no dia. É importante destacar que também existe a ilha da Lua que pode ser visitada. Mas pelo que andei lendo, não vale a pena. Se gasta muitas horas para chegar e tem pouca coisa para ver. Se vocês tiverem interesse, pesquisem um pouco no google para ler a respeito e decidir se vale a pena ou não passar la.

Dias 9 e 10 - Domingo e Segunda
Aqui fica uma parte do roteiro que teremos a opção de cumprir ou não. Seria a visita a Puno e as ilhas Uros e Taquile. Muita gente fala que Puno é muito sujo e pior que Copacabana. Outros dizem que a visão na ilha de Taquile é de tirar o folego. Se decidirmos incluir Puno em nosso roteiro, acho que poderíamos ir e voltar em 2 dias. Caso a gente decida visitar, pesquisarei mais detalhadamente os horários e valores das rotas. Também poderíamos deixar Puno no roteiro como redundância. Caso ocorra algum atraso na viagem ao salar, poderíamos cortar esta parte do roteiro.







Dias 11 e 12 - Terça e Quarta
De Puno retornaremos a La Paz e ainda existe um último passeio que considerei interessante de ser feito. É o passeio a Chacaltaya e ao Valle de la Luna. Chacaltaya é um pico da cordilheira dos Andes que está 5.421m de altitude. Antigamente funcionava uma estação de esqui por lá. O que acho mais interessante neste passeio, além da vista, é a possibilidade de ver neve. Já o Vale da Lua não é tão interessante. É um sitio arqueológico que ganhou este nome devido a sua formação rochosa ser parecida com a Lua. Como está incluso no passeio a Chacaltaya, passaremos por lá. O passeio retorna para La Paz às 15:30 aproximadamente. As 20:45 pegaremos um voo da Aerosur com destino a Santa Cruz, ao custo de U$$ 105,00. Aguardaremos no aeroporto até às 04:40 de quarta feira, quando iremos retornar para Brasília em um voo da gol e chegaremos aqui às 14h47m. Fim de viagem!




Custos
A parte que pesquisei mais detalhadamente foi sobre o deserto do salar. Pelo que andei vendo, a Bolívia é um país muito barato, tanto em relação a hospedagem quanto a alimentação. Portanto, o grosso deve ficar por conta das passagens. Vou formalizar uma planilha para apurar a previsão de gastos assim que definirmos exatamente qual vai ser o roteiro. Mas pelo que andei estimando, acho difícil essa viagem passar muito da casa dos R$ 2.000,00 com as passagens já inclusas. Preço por pessoa é claro.

Sobre a Viagem

Uma Breve Introdução

Sejam bem vindos ao Blog sobre a viagem ao
deserto do sal, prevista para ocorrer em março do ano de 2012. A viagem terá uma duração de aproximadamente 2 semanas. Neste período iremos percorrer a Bolívia de norte ao sul, visitando do salar de Uyuni, que faz fronteira com o Chile, até o lago Titicaca na fronteira com o Peru.

O salar de Uyuni, é coberto por um mar de sal, cercado de vulcões de mais de 5.000 metros de altitude, atividades geotermais, ilhas de cactos gigantes, vales desertos, formações rochosas, lagos coloridos com flamingos. É o único ponto natural brilhante do planeta que pode ser visto do espaço. Está localizado no sudeste da Bolívia e sua extensão cobre uma área de aproximadamente 12.000 km². O salar faz divisa com o deserto do Atacama no Chile. O passeio que faremos deverá durar 3 dias e 2 noites. Nele passaremos por vários pontos de interesse no deserto do sal e iremos até a fronteira com o Chile, onde a paisagem já é dominada pela terra avermelhada do deserto do Atacama. No período de março, o salar encontra-se alagado. Nesta época, forma-se uma camada de água com até 80 cm de profundidade que reflete a luz no chão do deserto, dando a impressão que ele é um imenso espelho. A sensação que se tem é de estar em outro planeta. Sem dúvidas um lugar incrível.

Na segunda parte da viagem, iremos para o norte de Bolívia onde iremos conhecer a famosa Isla del Sol no povoado de Copacabana. A ilha do sol fica situada no lago Titicaca, na fronteira com o Peru. Também é um lugar com paisagens esplendidas.

Já aviso aos navegantes que este não é um roteiro para qualquer pessoa. Durante os dias que iremos viajar, passaremos por muitos desconfortos. Enfrentaremos variações térmicas que podem passar dos 50 graus em um único dia. Dormiremos em sacos de dormir na casa de nativos da região. Iremos comer alimentos que nem sempre vão agradar ao paladar. Faremos caminhadas a altitudes acima de 4.000 metros em relação ao nível do mar. Vamos viajar em verdadeiros "paus de arara". Mas como recompensa, iremos contemplar uma das paisagens mais fascinantes deste planeta. Conhecer pessoas com espirito de aventura do mundo inteiro, viveremos uma experiência única e certamente retornar cheios de histórias para serem contadas.

Notas sobre o roteiro Original ( Johny, Tv, Livia)

Pessoal, conforme havia explicado por email, a região apresenta uma quantidade imensa de atrativos. Infelizmente não vai ser possível conhecer a tudo em apenas uma viagem. Havia dito que iria planejar três roteiros possíveis mas acabei desistindo da ideia. Devido a péssima infra-estrutura da região, um simples planejamento se torna uma verdadeira odisseia. Para se ter uma ideia, as companhias de ônibus na Bolívia não têm páginas na internet disponibilizando valores e principalmente os horários das rotas.

Desta forma, todo o planejamento teve de ser feito acessando fóruns de mochileiros ou páginas de albergues que disponibilizavam algumas informações. Obviamente que poderemos incorrer em erros, mas acrescentei alguns dias livres ao final da viagem para o caso de algo sair fora do panejado (o que é muito provável de ocorrer na Bolívia).

De todas as opções que visualizei, acho que este roteiro ficou muito bom. Visitar Machu Picchu conforme era desejável, vai tornar a viagem muito longa e desgastante. Fora o fato de que neste caso certamente seria necessário acrescentar mais dias devido a complexa logística de se viajar na Bolívia e no Peru. Portanto acho que a visita a cidade dos Incas deverá ser feita em uma outra oportunidade, com um roteiro próprio.

Também temos a possibilidade de colocar uma visita a San Pedro do Atacama no Chile. Existem vários pontos de interesse nesta região. É uma ótima oportunidade, porque acho que dificilmente retornaremos para conhecermos o Atacama. Não inclui a visita ao Chile no roteiro porque possivelmente a viagem ficará um pouco desgastante já que teremos que gastar mais uns 4 dias no deserto e nesse caso deveremos retirar Copacabana, sob risco da não conseguirmos executar a viagem nas 2 semanas previstas. Vamos debater sobre esta possibilidade nos próximos dias.

O ideal seria nos encontrarmos para discutir, mas acho que todos estão meio sem tempo. Estarei viajando semana que vem. Mas seria bom já termos tudo definido até o final do ano. Vamos nos falando por e-mail. Não deixem de mandar sugestões ou fazer perguntas para esclarecer dúvidas. Só assim vamos aprimorar o roteiro. Se ninguém falar nada, vou fazer tudo da minha cabeça ( e ai vocês vão ver! 4 horas de sono por noite e caminhadas infinitas rs......)

Portanto, estou aberto a sugestões. Leiam o roteiro e digam o que vocês acham!